25/04/2013

Resenha A Cabana - The Shack



                Como prometido, estou aqui pra deixar a minha resenha desse livro que me atiçou tanto a curiosidade. Cuidado com os SPOILERS!!!

                A história começa com Mack (Mackenzie Allen Phillips), uma pessoa comum que vive pacificamente no Canadá, mas tem uma vida um tanto quanto “incompleta”, devido a um sentimento profundo que ele carrega consigo, o que ele chama de “A Grande Tristeza”. Desde o início, o autor tenta demonstrar que Mackenzie é uma pessoa comum, que possui seus problemas e suas alegrias, como todas as outras. Achei interessante isso, pois é uma forma de chamar o leitor pra entrar na história e se tornar um personagem dela. Em meio a algumas reflexões do personagem, como por exemplo o fato de o chão estar coberto de neve e um tempestade estar se aproximando ser um bom motivo pra todos ficarem em casa tranquilos com suas famílias, debaixo dos cobertores e assistindo a um filme, Mack resolve ir até a caixa de correio para ver se tinha recebido alguma coisa. Depois de retirar e ler um bilhete da caixa de correio, ele leva um baita tombo e se machuca bastante, enquanto se lembra do quanto queria que sua esposa estivesse ali naquele momento (ela é enfermeira!).
                Mack fica tão encucado com o tal bilhete e o que estava escrito nele, que até pensou ser algum brincadeira de mau gosto. O bilhete utilizava uma linguagem bem familiar e isso chamara a atenção dele, pois era estranho ter recebido um bilhete que aparentemente tinha sido escrito por Deus, dizendo que era pra encontrá-lo n’A Cabana, que é onde toa A Grande Tristeza começou. Esse é um ponto interessante do livro que poderíamos tirar várias reflexões para nossas vidas, como por exemplo - Enfrentar todos os nossos medos, livrar-se daquilo que nos perturba e, mesmo que seja arriscado, nunca desistir de algo que queremos fazer, por pensar que não vale a pena ou que não vá dar certo. É claro que estou contando bem resumidamente a história, mas mesmo sendo uma resenha, acho interessante chamar a atenção para alguns pontos, principalmente pra chamar a atenção pra leitura desse livro (Depois falarei um pouco sobre o projeto Missy também!).
                Por fim, como já era de se esperar (Lógico! Leitor que é leitor e crítico, sempre tenta adivinhar o que vai acontecer, mesmo que aquilo pareça bem óbvio!) Mack dá um jeitinho de ir até A Cabana, né?
                Em meio a tantas sensações e tantas lembranças, Mack se lembra de sua filhinha Missy, e do dia em que ela se foi para nunca mais voltar. Descrito detalhadamente no livro (hehehehe!), Mack sempre conta a ela a história de uma tribo de índios, onde uma moça sacrifica a sua vida para salvar o seu povo de uma doença grave. Missy, como uma garotinha inocente que possuía uma coleção de insetos e queria levá-la para passear no bosque com papai e seus irmãos mais velhos. A garotinha desaparece em um “descuido” (como é visto pelo personagem, que fica se sentindo totalmente culpado por isso) de seu pai e depois acabam descobrindo que ela foi pega por um maníaco conhecido como Matador de Meninas. O leitor vive o mesmo desespero que Mack e sua família viveram naquele momento. Fiquei pensando coisas do tipo: “Como isso é possível?” e “Me falaram que o livro era bom, mas só estou vendo tristeza!”
                Daí por diante foram só acontecimentos estranhos. Mack se encaminha para A Cabana e, ao chegar lá, se depara com um lugar bonito, limpo, novo e habitável. Como isso pode ser possível? Aquele lugar onde Mack encontrou os vestígios da morte de sua filhinha estaria agora dessa forma? Mack entra e descobre que ali moram 3 pessoas muito especiais: Papai (uma mulher negra enorme e bem humorada, Deus), Jesus (o mecânico) e Sarayu (uma mulher de aspecto oriental brilhante, o Espírito Santo).
                Mack vive um fim de semana inesquecível com essas 3 pessoas tão diferentes daquilo que ele imaginava e que sempre ouviu falar. O autor quebra várias regras, paradigmas e os personagens aos poucos vão respondendo várias perguntas que todos nós já fizemos um dia, fazendo o leitor se sentir aparentemente satisfeito em ver aquilo (pra mim principalmente, pois já tinha comentado sobre minha forma de pensar e, essa leitura me fez rever alguns pontos). A forma como são enxergados os sentimentos pelos outros, os pensamentos e sentimentos reprimidos e os medos e angústias que guardamos é muito interessante! Tudo é visto pelo lado positivo, mesmo sendo algo muito triste ou muito desagradável, como o fato que ocorreu com Mack. Mack se vê cheio de raiva e de julgamentos em seu coração e a todo tempo pensa nisso, pensa em uma só pergunta: “Por que Deus não impediu a morte da minha filha?”.
                O autor desvenda essas e outras perguntas que temos de uma forma excepcionalmente interessante. A visão de Deus que todos têm é colocada à prova, e o que acaba ficando no ar é um tipo de crítica a algumas doutrinas, e isso me chamou muito a atenção.
                E o final?
                Não vou entrar em muitos detalhes, mas o final deixa várias perguntas no ar, coisas pra podermos refletir e uma ligeira ideia de que tudo aquilo pode não ter acontecido realmente, senão dentro da cabeça do personagem principal... mas além de tudo, deixa também indícios de que foi tudo o mais verdadeiro possível!
                O livro é de uma riqueza inesgotável, com frases de pensadores em cada capítulo, nos fazendo refletir a cada página. Ao final, algumas páginas falando sobre o Projeto Missy (The Missy Project), que é um projeto de levar essa leitura para a maior quantidade de pessoas possível, ajudando a divulgar não só o livro, mas a ideia principal contida nele.
                O livro é leitura obrigatória pra todos os que gostam de refletir sobre doutrinas, religiões e espiritualidade. O livro nos leva a rever algumas ideias, fazer algumas reflexões e o mais importante, que eu acho que deve ser bem colocado aqui e o que mais me chamou a atenção é a ideia de convivência e amor com a família, a ideia de valorização das pessoas que nos rodeiam, a ideia de conversarmos com nossa consciência sempre, pois isso é o mais importante de tudo!
                E lembrem-se: “Nada é um ritual!”

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