23/09/2014

A Queda dos Reinos - Morgan Rhodes


E hoje estou aqui pra falar desse livro que me tirou o sono, e me proporcionou alguns dias de divertimento e curiosidade. A Queda dos Reinos, de Morgan Rhodes. Pra começar e pra evitar spoilers, vou colocar a sinopse aqui:

"Numa terra em que a magia havia sido esquecida e a paz reinara durante séculos, uma agitação perigosa ganha forma quando três reinos começam a lutar pelo poder. Entre traições, negociações e batalhas, quatro jovens terão seus destinos entrelaçados para sempre: Cleo, a filha mais nova do rei de Auranos; Magnus, o primogênito do rei de Limeros; Jonas, um camponês rebelde de Paelsia; e Lucia, uma garota adotada pela família real de Limeros que busca a verdade sobre seu passado.

Em A queda dos reinos, Morgan Rhodes constrói uma mitologia complexa e fascinante, que mistura amor proibido, intrigas políticas e profecias milenares. Narrado pelos pontos de vista dos quatro protagonistas, este é o primeiro volume da série."


Esse livro é muito bom!
Cheio de profecias, cavaleiros, princesas e magia. A cada página do livro algo diferente e uma possibilidade nova. Me pareceu um filme muito bem bolado, com cada cena com seu próprio impacto e que deixa aquela curiosidade.


O livro rende, a história é contada sem delongas e sem enrolação. A cada página você percebe tudo acontecendo, sem aquelas descrições enormes e sem aqueles personagens clichês, como vemos em filmes e histórias antigas. Me apaixonei pelos personagens e pela história, que conta com artefatos poderosos, bruxas maldosas e heróis corajosos. Bem do jeito que uma história de fantasia medieval deve ser.

Sobre a comparação com os livros de Game Of Thrones, não posso comentar sobre isso, pois só vi as duas primeiras temporadas do seriado, mas ainda não li nenhum livro. Talvez por causa de mortes e acontecimentos que fazem desmoronar tudo o que o leitor pensava que fosse acontecer, ou talvez pela frieza de alguns personagens, enfim, quando eu ler os livros da série, comento aqui e faço uma comparação se achar que é plausível.

O livro mostra os pontos de vista de quatro personagens principais e as histórias vão se entrelaçando ao longo do livro. A narrativa é em formato de narrador não-participante, apesar disso, mas não deixa de mostrar um pouco do pensamento de cada um, deixando aquela curiosidade e uma vontade de conhecer melhor cada personagem e o desenvolvimento dos mesmos ao longo da história.

Eu gostei de todas as capas, apesar de ser um pouco de moda agora ter um encapuzado na capa do livro, e apesar de todas as três capas disponíveis terem um personagem encapuzado.
Essa é uma série de 4 livros e o terceiro livro será lançado no Brasil, pela Companhia das Letras, selo Seguinte, em dezembro de 2014. 4 é um número interessante pra essa série, já que é o número de personagens principais e pontos de vista diferentes. Pra um livro cheio de profecias e magia, é algo interessante de se fazer.


Abaixo, as capas dos 2 livros já lançados no Brasil e a capa do terceiro, ainda em inglês:

Recomendo muito o primeiro livro e estou louco pra ler o restante da série.

P.s.: A título de curiosidade, Morgan Rhodes é o Pseudônimo de Michelle Rowen, que escreve "Romances Paranormais" (ou Romance Sobrenatural), Fantasia Young Adult e Fantasia Urbana.
Aqui um site falando de todas as séries que ela já escreveu (em inglês) e aqui o site oficial da escritora.

Atualizando: Encontrei o site da série na internet, em inglês. Clique aqui para ver.

Fabiano Lobo

12/09/2014

Assassin's Creed - Renegado - o título do livro não é digno



Bom dia, Boa tarde, Boa noite!
Completei minha coleção do Assassin's Creed comprando o último livro que faltava na 23ª Bienal do Livro em SP e acabo de ler o Renegado, que era justamente o último que faltava.


Só pra constar, Nota 3,0 no Skoob, e agora explicarei o porquê.

Comentários:

Livro físico: Bom, o livro em si continua com uma diagramação legal, as capas sempre marcantes e o acabamento em geral bem bonito, tal como as versões anteriores. Chamativo. Desperta curiosidade.

Escrita: A escrita de Oliver Bowden mudou completamente nesse livro. Não sei se a ideia dele era tentar deixá-la mais parecida com a escrita da época em que se passa o livro, mas eu não gostei nem um pouco. Nos outros livros da série ele sempre utilizou uma linguagem simples, de fácil entendimento, mesmo quando os personagens contavam a história, pois em um dos livros usou como narrador um personagem, o que não acontece com os outros livros da franquia. Mas nesse, ele resolveu escrever em formato de diário. Pra mim, o único livro que deu certo escrevendo em forma de diários foi o Drácula, de Bram Stoker, mas o entendimento desse dependia de vários diários de várias pessoas diferentes, juntamente com cartas, notícias de jornal e outros escritos mais de cada personagem, e cada um com sua característica marcante na própria escrita.

Já no Assassin's Creed Renegado, o autor mostra uma história contada pelo ponto de vista do personagem principal, Haytham Kenway, que mesmo depois de muito tempo lutando pela sua ordem, se mostra totalmente inexperiente, o que acaba tirando um pouco do gosto da leitura. Além do mais, o personagem tem a mesma forma de descrever os fatos quando tinha oito anos de idade e quando se tornou um idoso. Convenhamos, pode ser que a educação daquela época favorecia o aprendizado das crianças como "mini-adultos" e tal, mas a própria forma de escrever e de pensar de uma pessoa muda muito ao longo dos anos, principalmente após vitórias e derrotas, após perdas e após passar por perigos, o que está presente em todas as histórias da franquia. Portanto, a escrita de Oliver Bowden me decepcionou nesse livro. Acho que ele foi infeliz ao tentar escrever um livro da forma proposta. Sem descrever várias batalhas que seriam de tirar o fôlego, sem descrever assassinatos ou até mesmo o sentimento do personagem enquanto os executa, sem descrever nada direito. Quando se escreve pelo ponto de vista de algum personagem, é necessário ressaltar suas emoções, seus sentimentos, suas opiniões a respeito do que está acontecendo. Tudo isso deve transparecer na fala ou escrita de um personagem que conta a história, e nesse livro, infelizmente, isso não aconteceu.

A história: Ah! Sobre a história! Vou evitar dar spoilers, deixando até um pouco de curiosidade no ar.
A história não tem nada a ver com o título. Só isso. Não tem nada a ver com a série, com a franquia, e pelo que vi e meu irmão comentou comigo, não tem nada a ver nem com o jogo (porque ainda não joguei esse jogo, na verdade joguei um pouco do primeiro, que conta a história de Altaïr e um pouco do Bandeira Negra, porque achei interessante algumas novidades acrescentadas).


A história, assim como a história do Bandeira Negra, foge totalmente do Credo dos Assassinos, que fica sendo algo à parte, um plano de fundo, o que eu não acho que seria interessante fazer nessa franquia, pois é uma cronologia, apesar de um livro não depender do outro, pelo menos à partir desse. Ou seja, o que o Credo dos Assassinos tem feito por todos esses anos que não são descritos nos livros?

Qual impacto teve a jornada de Ezio Auditore ou os ensinamentos de Altaïr nos anos descritos nos livros Renegado e Bandeira Negra?


Eu quero saber o que acontece!!!

Bom, pra evitar maiores spoilers, vou parar por aqui nos comentários sobre a história.


Resultado (como eu já havia comentado antes): Nota 3,0 no Skoob, e com a consciência pesada, pois os outros mereceram Notas 4 ou 5, apesar de o Bandeira Negra também ter sido avaliado em 3.

Não gostei, e estou pensando seriamente em desistir dessa coleção, pois acho que as histórias estão ficando cada vez mais escassas, e o dinheiro está falando mais alto pros produtores da franquia. Vem vindo aí mais um livro sobre o jogo e estou com medo, pois a cada jogo a história é estragada mais um pouco, sendo deixada de lado, o que infelizmente não é bom pra quem gosta dos livros, mas talvez seja pra quem admira os jogos.

Obrigado a todos os seguidores do Blog! Espero que gostem e postem seus comentários e suas opiniões sobre a franquia de livros baseado nesse jogo espetacular!

P.s.: Esse não é o Edward Kenway que conheci em Bandeira Negra...

Fabiano Lobo