15/01/2010

Sombras da inconsciência humana

Herdado nos foi, um recanto fiel de luz eterna,
que guarda consigo, curioso, o desconhecido.
Um complexo equilíbrio entre água, ar, céu e terra,
 Imprescindível à vida e inerente ao proibido.
 
O vento pelos ouvidos deleita-se ao luar,
E olhando ao alto, sobrevôo a rotina de estrelas.
O orgulho deposto à terra, quebra-se ao som do mar,
E me perco, assim, na imortalidade de vê-las.


Fugaz, o mistério aquece os olhos da cobiça humana,
Cedido pela ausência de cuidados posta à Terra.
O indivíduo perde ,amargamente, o afeto, pela gana,
E conspirada à ciência, a sociedade mata, morre; Erra.
 
Gritos ecoam, infinitos, numa insanidade mascarada,
Conduzidos por um caminho instantâneo de luz imortal.
Como traduzir atos e ações por tantos questionadas,
Se a intolerância é liberta pelo descontrole capital?

 

Resta-nos, apenas, a incerteza de dias possíveis,
envolvidos pelas mãos de quem, forte, acredita.
A união pode ressurgir do abismo à soluções cabíveis, 
pois a alma é a porta dos desejos, reveladamente, infinita.


04/01/2010

Obstáculos da Eternidade



Quebraram a luz que irradia a vida,
E o deserto da escuridão retorna à face.
A alma descansa num leito de feridas,
 E no momento há incerteza de que tudo passe.

O redor desmente o real pesadelo,
E à sombra da tristeza corre veloz o tempo.
Difícil conviver com o medo, difícil tê-lo,
E a fuga da liberdade prende-se, assim, ao vento.

Agora, tudo irreal torna-se claro,
E abro os olhos para uma verdade distante,
  É hora de refletir, pois então eu paro.
Até que, bem lentamente, eu me levante.

 Construída foi, a escada invisível de sabedoria,
E abre-se uma porta induzida por felicidade,
Através de um paradigma que consta força e magia;
funde-se um princípio, frente à realidade.

 Deve-se crescer o poder radiante da certeza,
E procuro estruturar o que foi, aos poucos, perdido.
A experiência me instiga a observar com clareza,
o processo da mente como um fato desmedido.

Por fim, percebo que nunca foi morta a chama da vida,
Mesmo por um momento, perdendo-se além da luz da lua.
 Já que o tempo é, consigo, herdeiro de outra saída, 
 que uni-se a esperança eterna, e, para sempre continua.