29/12/2017

À Lua


Alguém entrou na vida dele de repente
E foi aos poucos se tornando importante
Cada dia mais se fazendo presente
Mesmo quando tudo parecia estar distante

Os meses e dias se passaram, as horas, minutos
Os sonhos se entrelaçando, as vontades
Um breve sentimento se tornando absoluto
E uma estranha e diferente reciprocidade

Um Anjo descido, iluminando seu destino afinal
Uma esperança antes perdida, agora retornando
Palavras de bom gosto, gestos afetivos no geral
Começaram a fazer parte dos dias, sonhando

Uma Rosa desabrochando, o Arco Íris raiando
Espalhando a negatividade, a indisciplina, a insegurança
Tudo aquilo que um dia passou o incomodando
Agora só se passava por uma distante lembrança

Para o sombrio Lobo Ela se tornou imprescindível
Um sonho e o destino de ser eternamente sua
O universo distante, que antes era intangível
Para ele, ela tinha se tornado a Lua



Fabiano Lobo – 25/12/2017 – 23h35

Livro O Eterno Coração de Lobo


Finalmente posso dizer a vocês que lancei meu livro de poesias!

Foi no dia 24 de novembro, na Casa da Cultura da cidade de Lavras, MG. Contei com a presença e apoio do cantor Carlos Otto, do fotógrafo Marcus Ribeiro, dos poetas Gabriel Vicente e Ana Luiza Messias, da equipe da Casa da Cultura e da Prefeitura Municipal de Lavras, da Editora Scortecci e de amigos e familiares.

Quero agradecer aqui aos patrocinadores que apoiaram o evento, o lançamento e o processo em geral:
Casa da Quitanda (Jardim Glória);
Casa da Goiaba (https://www.facebook.com/casadagoiaba/) e Segue e Protege (na pessoa do Hedeilson);
Jeito Caseiro Alimentos (https://www.facebook.com/jeitocaseiroalimentos/);
Alunos do Pilates e Yoga da AAPIL;
Alunos do Estúdio Rfit;
Pessoas que doaram pela internet (Juliano Gouvêa, Deyvid Eugênio, Tiago Schulz e Aline Sales) através do site Vakinha.com;
Carmem;
Denise e Hilda;
Sabrina Aparecida;
Pinheiro do Postinho de Saúde;
Joana D’arc;
D. Maria;
Gielton Ribeiro;
Marcius Lanches;
Magda Andrade, Péricles, Guilherme e Indyanara Monteiro;
Eudys – Padaria Tia Vilma;
Nayara Anjos;
Carlos Otto (que cedeu seu show completo e maravilhoso como forma de patrocínio!) (https://www.facebook.com/cantorcarlosotto/);
Marcus Ribeiro (que também cedeu o trabalho de fotografia para ajudar a causa!) (https://imarcus.46graus.com/);

Danielle Maciel, Rose Andrade e Sandy Maciel - apoio e incentivo incondicional!

Lyvia Aparecida, Lilian Felipe e Cleverson Pires;
Gabriel Vicente e Ana Luiza Messias;
Casa da Cultura de Lavras (https://www.facebook.com/pages/Casa-Da-Cultura-De-Lavras/457698624565313);

Irene Marcondes, Heli de Sales, Thiago Marcondes e Fábio Marcondes - apoio e incentivo incondicional!

Amigos e conhecidos que participaram de alguma forma auxiliando com a organização, divulgação ou apoiando com a sua visita!

O livro está pronto e está sendo comercializado na Livraria e Papelaria Crepaldi, da cidade de Lavras, MG (https://www.facebook.com/livrariacrepaldi/)

E no site da Livraria Asabeça (http://www.asabeca.com.br/detalhes.php…)

Se preferir, você pode adquiri-lo diretamente com o autor, pelo Facebook: (https://www.facebook.com/fabiano.lobo.9), pela página do Facebook: (https://www.facebook.com/reminiscencialobo/https://www.facebook.com/reminiscencialobo/) ou por e-mail: fabiano.ufla@gmail.com
O valor do livro é R$ 25,00 para quem mora em Lavras, MG.
Se precisar de envio pelos Correios, sai a R$ 30,00 para qualquer lugar do Brasil.

METADE de toda a renda arrecadada com as vendas dos livros será direcionada à Casa de Apoio ao Paciente Oncológico Lar Esperança e Vida Mateus Loureiro Ticle, da cidade de Lavras, MG.

13/08/2017

Sobre O Escravo de Capela, de Marcos DeBrito


Cara...

O que falar sobre esse livro?
Kkkkkkkkkkkk

Me deixou sem reação, sem palavras, sem chão!

A linguagem do autor, que o mesmo intitula ultrarromântica, é impressionante, com termos rebuscados, mas sem ficar chato e maçante como alguns livros e sem enrolar a história, com descrições enormes sobre coisas simples que muitas pessoas não gostam de ler. Os personagens são bem trabalhados a ponto de ficarmos tristes quando algum deles parte, e ficarmos felizes ao ver o sofrimento de outros! Não consegui decifrar se o autor realizou pesquisas e se colocou algum fato ou local histórico no livro, pois não conheço tão detalhadamente sobre a história daquela época, mas sei que ficou bem parecido com aquilo que imaginamos que foi, e de uma forma que ninguém costuma contar: Sim. O autor mostra a crueldade com os escravos e o que poderia ser melhor descrito como algo que ceifava seu direito à vida (acho que a leitura me inspirou a escrever melhor, até!).
A história tem muitas reviravoltas e muitos segredos, mantendo o mistério durante bastante tempo e me deixando louco pra ler de novo e saber o que aconteceria com os personagens e como se desenrolariam os fatos. O tempo todo queremos saber como aquilo que já sabemos acontecerá, e o autor até explica de maneiras plausíveis alguns fatos sobre algumas lendas brasucas. Bom, sobre isso não vou contar mais, pois prefiro uma opinião que não cite trechos diretos do livro para que as pessoas que não leram possam ler minha resenha sem problemas.

O que quero dizer sobre esse livro é que adorei a forma como tudo foi apresentado. A história baseada numa época da história brasileira fez toda a diferença e foi descrita com maestria. Consegui enxergar elementos da minha infância e histórias contadas pelo meu avô e por conhecidos mais idosos sobre esse período. Me vi inclusive participando dos fatos, por me identificar com alguns personagens e me afeiçoar a eles. A cultura brasileira em geral é muito bem tratada e o livro realmente carrega sua origem descrita em suas páginas. Gostei da forma como os diálogos foram estruturados, soando como possíveis, e gostei dos sentimentos demonstrados pelos personagens, que os torna mais próximos ainda do leitor, por serem realmente humanos e (às vezes) tratados como tal!
Sou fã da linguagem ultrarromântica e já li também À Sombra da Lua, que foi igualmente interessante e misterioso. O terror é só um elemento e enxergo a história muito mais como suspense, por causar tensão por imaginarmos os perigos que os personagens correm e por nos colocarmos em seus lugares.


Enfim, recomendo a leitura e digo que sim, esse livro representa a literatura brasileira, carrega seu nome e os costumes do nosso país e é brilhante em seus detalhes, no desenvolvimento da trama, com cenas dignas de filme e personagens cabíveis para acompanhar-nos por esse navegar nas nossas origens. Recomendo!

Fabiano Lobo

19/07/2015

Sobre Rio 2054 – de Jorge Lourenço


Uma realidade alternativa de uma cidade mundialmente conhecida? Definitivamente não.
Uma possibilidade de acontecimento em um futuro não muito distante? Talvez.

Essas e outras perguntas me deixaram instigado desde o início da leitura.
O conceito de segregação é muito claro em minha cabeça, já que tive uma disciplina na faculdade que tratava desse e de outros assuntos dentro da sociedade.
Motoqueiros, pichações, parkour, cheguei a ler alguns artigos sobre essas práticas, que são classificadas como formas de ocupação do espaço urbano de cidades grandes.
O que isso tem a ver com o livro?
Bastante coisa!



Rio 2054 é um livro distópico, sci-fi, cyberpunk, futurista ou de ficção científica. Acho que nesse caso todos os termos são válidos. Como não costumo dar spoilers nas minhas “resenhas”, vou colocar a sinopse do livro aqui pra que vocês possam entender um pouco do que estou falando:
“Rio de Janeiro, 2054. Três décadas após uma guerra civil que começou com a disputa pelos royalties do petróleo, a cidade se vê alvo de uma nova ameaça. Um velho jogo de intrigas e espionagem industrial entre as multinacionais que controlam a cidade ganha novos contornos quando uma perigosa jovem com poderes psíquicos surge nos guetos. 

Alheio a tudo isso, Miguel é um jovem sem grandes pretensões. Morador de uma região abandonada no pós-guerra, ele sobrevive catando restos de tecnologia e tem uma vida despreocupada. Sem saber o que o destino lhe reserva, ele é convidado para assistir a um duelo de motoqueiros e acaba se tornando o pivô de uma disputa que pode mudar o Rio para sempre. 

Num lugar onde o bem e mal se confundem, Miguel terá que desvendar os segredos de uma misteriosa inteligência artificial e, para proteger aqueles que ama, bater de frente com as poucas pessoas dispostas a salvar o que resta do Rio de Janeiro. Sem saber que lado escolher, caberá a ele decidir o futuro de uma cidade partida pela ganância.”


Miguel é um personagem carismático, indeciso e um pouco medroso. Um tipo interessante de personagem para começar uma história e acompanhar seu desenvolvimento ao longo desta. Achei interessante esse desenvolvimento. Gosto de personagens bem detalhados e com diálogos possíveis e humanos. Achei interessantes as falas, pois são justamente da forma como conversamos, e não aqueles textos fictícios de diálogos mais vazios ainda. Pude ver que o autor se preocupou com isso.
A história, desde o início, me deixou curioso. O que poderia acontecer em uma cidade totalmente segregada e demonstrando aspectos futuristas de um lado e praticamente total pobreza e miséria do outro? Quais aparatos tecnológicos apareceriam como possibilidades de um futuro próximo? Que tipo de vilões teria uma história desse tipo?

Fui me fazendo esse tipo de pergunta e ao longo da história fui sendo respondido pela leitura.

Após ter lido o livro, percebi uma estranha realidade pairando no ar: A maioria dos acontecimentos descritos no livro é totalmente possível!

Sempre acompanho os avanços tecnológicos, sobre IA’s, simuladores, comunicadores, tipos de armas e veículos, possíveis androides e máquinas criadas atualmente e imagino que o autor também tenha pesquisado isso enquanto escrevia, pois descreve várias dessas coisas com detalhes e coerência com o que já ouvi falar. Isso me deixou ainda mais absorto na leitura e terminei por pegar o livro nesse fim de semana e devorar as mais de 200 páginas que ainda faltavam para ler.


Agora, pra você que está lendo porque quer uma indicação ou uma opinião sobre o livro em geral, sem spoilers:

Escrita.
A escrita do autor é simples, com narrativa em terceira pessoa e uma descrição detalhada dos fatos, sem se tornar maçante. Gostei especialmente das cenas de ação, que me fizeram imaginar um filme rodando em minha mente, com detalhes, trilha sonora e tudo o mais.

História.
A história é interessante e em muitas partes coerente com nossa realidade e a realidade da própria cidade em que se passa, pois demonstra a realidade dos morros do Rio, das drogas e da violência.

Personagens.
Bem detalhados e muito humanos. Humanos até demais! Interessantes. Que me deixaram curioso sobre vários detalhes que são explicados ao longo do texto. Personagens possíveis e com características e falas únicas. Pode-se perceber que essa foi uma das maiores preocupações do autor na criação da história.

Final.
Surpreendente! Um tipo de crítica à forma como agimos no mundo atual. Quase um tapa na cara. Uma forma de dizer que a humanidade ainda tem muito que evoluir.

No mais, recomendo muito a leitura! Achei muito interessante e certa vez vi, não sei se no Google ou no próprio perfil do Facebook do autor que teria um novo livro “São Paulo 2054”. Não tenho certeza, mas se for verdade, aguardo ansiosamente para ver o que mais acontecerá nesse mundo espetacular!

Ah! E apesar de eu escrever Terra 2, que é ficção científica, esse foi o primeiro livro desse estilo que li. Até hoje só tinha visto filmes desse gênero. Mas essa história vai mudar. Já tenho alguns na lista me esperando!

Leiam e apoiem a literatura brasileira.

Esse, junto com outros que ando lendo ultimamente, me animou a procurar cada vez mais livros de autores daqui mesmo. Além da proximidade deles (comprei o Rio 2054 do próprio autor!) e do carisma, as histórias são desenvolvidas com uma pitada da nossa própria cultura, e assim paramos um pouco de consumir excessivamente a cultura americana, nos identificando mais e mais com os personagens e as histórias.

Parabéns autores brasileiros!
Eu apoio vocês!





Fabiano Lobo

15/07/2015

Sobre o Rock


Postei esse texto no meu Facebook no dia do Rock e resolvi postar aqui também, já que o blog é feito de pensamentos, poesias, livros e rock n' roll!

Pra mim o Rock é música boa, bem trabalhada, com sintonia, letra, pensamento e principalmente, um diferencial.

É música de doido, de rebelde, de esquisito, de maluco, etc.

É a música dos rótulos também, pois sempre ouvi o bom rock e nunca coloquei um cigarro na boca. Já bebi socialmente como todo mundo faz, mas nem por isso bebo mais hoje. Nunca fiz culto ao satanás e nem ritual de magia negra. Nunca desejei o mal de uma mosca mesmo por ouvir tal estilo. Já joguei RPG, mas não sou serial killer e nunca pensei em matar ninguém em nome dos meus ídolos. Não, eu não como morcego, nem arranco cabeças de galinhas.

Isso é mito!

Deixa de ser mesquinho e comece a enxergar que a maioria das pessoas que ouve o rock é bem sucedida, respeita o gosto musical dos outros e além de tudo ainda curte música clássica, erudita, e outros estilos mais. São essas pessoas que aprendem a tocar instrumentos por pura paixão e tocam as mais belas canções que embalaram sua adolescência e que você até canta junto. E sim. Mesmo que você não admita, você "acha bonita" pelo menos uma música de alguma banda de Rock.

O Rock é o estilo de quem tem opinião própria.

Não meus amigos, eu não ouço Rock porque toca na rádio ou porque o fulano ou o ciclano ouve. Não me importo de não ter shows por perto ou de os shows de Rock serem "caros".

Eu ouço Rock porque as batidas perdidas da bateria embalam junto com o baixo o ritmo da minha vida frenética, as cordas da guitarra me guiam por outros mundos inimagináveis, o teclado e a sinfonia da noite me fazem pensar na vida, os vocais me mostram em pequenas e sábias palavras com o tom acelerado, sombrio e assustador dos monges tibetanos que tenho que ser não só mais um no mundo, pois sou único.

E sim. Eu entendo o que aqueles caras estão cantando!


kkkkkkkkkkkkkkkkk


Feliz dia do Rock!

\,,/,




Fabiano Lobo