11/07/2013

Resenha (sem resenha) do livro 72 horas para morrer


"Que livro!" Foi o que falei logo nas primeiras páginas. Não sei se é porque nunca tinha lido suspense e nada relacionado (o único “suspense” que eu já li e posso considerar é Drácula – de Bram Stoker) ou se é porque me identifiquei com a história me lembrando dos filmes que assisti e morri de medo na minha infância.
                Segue a sinopse pra deixar um gostinho:

                “Pior que conhecer um Serial Killer, é um Serial Killer conhecer você!

‘O carro pertence à sua namorada.’
                Com essas palavras, Julio Fontana, delegado da pacata cidade de Novo Salto, tem a vida transformada em um inferno. Pessoas próximas começam a ser brutalmente assassinadas, como parte de uma fria e sórdida vingança contra ele. Agora, Julio terá que descobrir a identidade do responsável por esses crimes bárbaros, antes que sua única filha se torne o próximo nome riscado da lista.
                72 horas para morrer é uma corrida frenética contra o tempo, que irá prender o leitor do início ao fim.”
                Ah! E não se preocupem! Não haverá nenhum spoiler nessa minha resenha, portanto, qualquer pessoa que não tenha lido o livro pode ser atiçada a ler só por causa dos comentários que eu fizer aqui! E cá entre nós, seria o maior saco você ficar sabendo o final de um livro de serial killer, não é mesmo?

                Por favor, quem já leu suspense me responde se é normal ficar assim: Eu devorei o livro em 4 dias, que pra mim não é normal, pois até algum tempo atrás, tinha o hábito de demorar mais de um mês pra ler um livro de 300 páginas. Fiquei totalmente intrigado com tudo, chegando a imaginar durante quase todo o tempo o que iria acontecer a seguir, ficando louco pra chegar a hora em que iria ler mais uma parte. O livro é dividido em capítulos, mas os capítulos são de uma forma diferente, pois são divididos em horas. Como o nome já diz, o livro conta a história ocorrida em 72 horas. Gostei do tamanho da orelha da capa do livro. Ficou bem interessante, pois tem o prólogo escrito logo na capa, talvez como uma forma de despertar a curiosidade. O layout é bonito e chamativo, a capa é muito legal e admiro especialmente esse tipo de folha, levemente amarela, dando uma impressão de algo manuscrito que esteve guardado por muito tempo (vi isso nos livros do Assassin’s Creed e em especial no livro de poesias do Fernando Ribeiro, vocalista dos MoonspellComo Escavar um Abismo), simplesmente adoro ler livros impressos nessa folha e quero muito que os meus (sim! os meus!) sejam impressos da mesma forma.

                Sobre a história:

                Enfim, o que pode acontecer envolvendo um ex-presidiário, um padre e um delegado, habitantes de uma minúscula cidade pouco desenvolvida e com costumes arcaicos? Resposta: O pior possível!

                Acontece que encontram um carro abandonado no posto de gasolina da cidade e esse carro pertence à namorada do delegado Julio, que nesse mesmo dia fica sabendo que a sentença de um antigo inimigo chamado Miguel, que estava na cadeia, tinha acabado e ele tinha sido solto. Ele recebe cartas com mensagens estranhas escritas com recortes de jornais e descobre que tudo aquilo é uma armação pra satisfazer uma doentia vingança contra ele. A partir daí, vários acontecimentos estranhos começam a ser descobertos. Segredos são revelados e aqueles que achávamos que eram os mocinhos, podem se tornar os vilões de uma página para outra, através de simples declarações e descobertas que são feitas durante a história. O suspense e o medo pairam no ar. Os personagens são bem detalhados e às vezes imagino pessoas reais, com todos os seus problemas, medos, inseguranças. Em algumas partes a narrativa é em primeira pessoa e em outras na terceira, dando um ar interessante ao livro por alternar entre esses dois estilos, muitas das vezes colocando-nos no lugar do personagem em questão: O delegado Julio.

                As ações do delegado Julio chegam a dar nojo em algumas partes, enquanto em outras ficamos com pena dele. Sua filha Laura é um belo exemplo de rebeldia, Miguel é mistério, aliás, todo o passado deles é puro mistério. Tudo vai sendo revelado bem lentamente, como se aquilo só causasse o maior impacto possível se fosse revelado naquele exato momento. O autor faz comparações interessantes até pra entendermos o que os personagens estão sentindo naquele momento, e isso causa um impacto no leitor, que absorve cada palavra e cada sensação. A escrita é bem simples, sem muitas palavras difíceis, sempre indo direto ao ponto, sem rodeios. A história é totalmente imprevisível, emocionante! Nunca fiquei tão intrigado com um livro quanto fiquei com esse. E você só vai entender realmente o jogo, a vingança, o passado, ligar os fatos, quando chegar às últimas páginas do livro, que nem são muitas.

                O final:


                Confesso que a partir de certo momento já tinha entendido e imaginava o que iria acontecer adiante. Certamente isso foi proposital pra que o leitor observador percebesse. Como eu disse, me lembrou de filmes de suspense que eu assistia quando criança. Filmes baseados em histórias do Stephen King e outros autores consagrados. Achei interessante, apesar de eu achar que quebrou um pouco do clima quando vi a revelação bombástica, pois tinha imaginado algo totalmente diferente (totalmente mesmo!). Estou começando minha lista de livros de autores brasileiros e esse livro aumentou meu apetite por mais deles, tanto do tipo de leitura quanto da nacionalidade do autor. Parabéns a Ricardo Ragazzo, que conseguiu me deixar apavorado, com medo, com ódio, com pena e com muita curiosidade, tudo isso em 96 horas!

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